A Fundação Matias Machline completa, neste sábado (06), 33 anos de existência, oferecendo a jovens ensino médio – técnico de qualidade e se consolidando como um dos maiores projetos sociais de educação do norte do Brasil.
Atualmente com 881 estudantes beneficiados, a FMM oportuniza transformação nas vidas de jovens de famílias de vulnerabilidade social, capacitando-os e desenvolvendo potenciais por meio da educação. Com projetos educacionais diferenciados, profissionais capacitados acompanhamento médico, odontológico e psicopedagógico, a Fundação já transformou a vida de mais de 5 mil jovens no Amazonas e oportuniza, ainda, a mudança social na vida de seus colaboradores.
Sheila Maria, que trabalha na instituição há 22 anos, entrou na FMM na função Auxiliar de Serviços Gerais, foi alfabetizada na instituição e hoje é Auxiliar de Orientação Pedagógica. “A Fundação hoje é muito importante pra mim, não tem preço trabalhar aqui, gosto muito do que faço. Como estou aqui há muito tempo, vejo uma transformação muito boa na vida de cada um”, contou a acadêmica de pedagogia, emocionada.
A Aluna Kija Gomes, do 2 ° BM, afirma que define o projeto social FMM como Esperança. “O projeto é muito bonito. Além de ajudar a sociedade, ele nos dá esperança. Entramos aqui, claro, almejando passar nos vestibulares, mas também aprendemos muito sobre a vida e sobre o mercado de trabalho. Nem todos os alunos têm uma casa e família estruturada, e aqui dentro temos o foco bem trabalhado. É uma escola excelente com professores muito bons. Meus parabéns para a instituição”, conta.
Ricardo Bonfim, também do 2°BM, complementa que a instituição transforma vidas e ensina valores essenciais para a reconstrução de uma sociedade melhor. “Com o trabalho feito nesses 33 anos, é perceptível que as pessoas que entram aqui saem com o pensamento completamente diferente, porque além de ser preparado na questão de ensino, há o desenvolvimento pessoal e psicológico. E isso é uma das coisas que admiro muito”, concluiu. A instituição detém a marca de 95% de aprovações em universidades públicas e institutos de ensino superior no Amazonas e em outras regiões do país.
Nossa história:
A Fundação foi fundada em 1986 e teve como seu primeiro mantenedor a empresa Sharp na pessoa do Sr. Matias Machline e, em 1994, após a morte do empresário, a Sharp entrou em crise financeira, tornando a permanência da empresa como mantenedora da Fundação inviável, foram tempos difíceis que ameaçaram a continuidade do projeto. Em 2001, A Nokia se torna mantenedora da instituição, mudando o nome para Fundação Nokia de Ensino. A multinacional adotou, então, o sistema de cotas de 70% (escolas públicas) e 30% (escolas particulares), e abriu 2 novos cursos técnicos: Telecomunicações e Mecatrônica, ampliando o projeto para 160 vagas.
Em 2011, a Nokia inicia a construção de um novo campus para instituição, quintuplicando a estrutura e implementando equipamentos tecnológicos de última geração. A fundação passa a ser considerada como maior projeto social mundial da Nokia.
Em 2013 foi criado o curso preparatório, conhecido na época como Pré-Nokianos, que disponibilizava 180 vagas e contava com uma prova de seleção. Atualmente, o projeto é denominado Preparar FMM e nesse ano atende de forma gratuita, 1050 alunos da rede pública de ensino com o curso preparatório para o processo seletivo em meados de novembro.
Em 2014, a Nokia é comprada pela gigante da informática Microsoft, que assumiu o papel de mantenedora da Fundação. No ano seguinte, a Microsoft Brasil encerra as atividades no Polo Industrial de Manaus, em consequência não abre vagas para processo seletivo de 2016. A partir desse momento iniciam as negociações em busca de um novo mantenedor.
Em 2016, então, a Digitron da Amazônia graças a ação filantrópica do Sr. Sung Un Song, torna-se a nova mantenedora aceitando o desafio de resgatar o projeto social. Como medida, a instituição volta a se chamar Fundação Matias Machline, em homenagem ao fundador, e amplia as vagas para 270. Em 2018 Amplia a atuação do Projeto Social, aumentando para 368 vagas, divididas nos cursos de Informática, Mecatrônica e Eletrônica. O novo mantenedor implementou, ainda, mudanças na metodologia de ensino e novas práticas de gestão.